segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Número de Portadores de Necessidades Especiais no Brasil

O IBGE faz um estudo minucioso entre todas as categorias dos chamados “deficientes” desde o Censo Demográfico de 1.991, devido à intensificação da Lei número 7.853, de outubro de 1.989, que obrigou a contagem dos portadores de necessidades especiais nos censos nacionais.
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No Censo do ano 2.000, o objetivo de um dos principais levantamentos de interesse social, era o de verificar quais as deficiências sofridas pela população e também a análise das conseqüências que as possíveis paralisias podem gerar nas pessoas. Nesses casos, são estudados: o nível da consciência física e mental do paciente, e os resultados finais servem como dados para comparar o país com informações relacionadas às deficiências de outras nações.

Como o estudo do Censo é amplo foi verificada também a condição sócio-econômica do portador de deficiência, e alguns itens foram surpreendentes. No ano 2.000, de um total de 24,6 milhões de pessoas que se declararam portadoras de deficiência (percentual que representa 14,5% da população total do país), 19,8 milhões se encontravam na cidade (zona urbana) e 4,8 milhões no campo (zona rural). Embora sendo a região mais populosa do país, o Sudeste é a que representa a menor população de deficientes, com 13,1% da população. Já o Nordeste, é a região com a maior quantidade de pessoas com deficiências, 16,8%.

Os deficientes visuais também foram incluídos nessa pesquisa, com forte variação nessa questão. Segundo o Censo de 2.000, o número de deficientes visuais girava em torno de 148 mil pessoas. Porém, 2,4 milhões de pessoas revelaram ter enorme dificuldade de enxergar. Em geral são pessoas que possuem um percentual de visão e precisam viver de forma muitas vezes adaptada, pois não possuem condições de caminhar pelas ruas, dentre outras necessidades. São Paulo era o estado com o maior número de deficientes visuais, com 23.900 casos, seguido pelo estado da Bahia, com 15.400 pessoas.

A audição reduzida é outra deficiência que afeta muitos brasileiros. Os deficientes auditivos representam um número equivalente a 166 mil e 400 pessoas. Entretanto, 900 mil pessoas declararam no último Censo que possuem graves problemas de audição, devido à idade. Muitos idosos perdem a audição, visão, outros sofrem problemas com pressão alta, hipertensão, artrite e diabetes. A última pode levar o paciente à perda de vários membros do corpo, até a locomoção, fazendo com que o uso de cadeira-de-rodas seja obrigatório.

Foi detalhado no estudo do Censo de 2.000 que, parte dos portadores de deficiências trabalha nos setores agropecuários, no qual 25% do total das pessoas que possuem no mínimo uma deficiência executam seus serviços neste ramo de economia.

[1] COM BASE EM DADOS POPULACIONAIS DO CENSO DEMOGRÁFICO 2000 – IBGE Disponível em: Acesso 02.Abr.2008

Um comentário:

  1. Muito bom! matéria interessante e de utilidade pública fundamental, parabéns! :)

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